Observo calmamente eles se olharem, se matarem,
Se odiarem e até mesmo os vejo acreditarem no amor.
O que há disso, daquilo, o que há de dor
Há e só há dor
Dor
Meras palavras?
Meros sentimentos?
Sinceramente, acredito que realmente só descobrirei
Quando por fim, eu enfim tiver de deixar o viver
Encontrar a luz que surge no túnel e então encontrar o morrer.
O Caminhante Solitário, assim estou eu.
Por pouco tempo (?), por mundo todo (?).
Todos o observam,
Aproximam-se, mas não o entendem.
O Caminhante talvez tenha vindo para ser o Caminhante,
E talvez não tenha percebido que sua função é ser apenas o Caminhante
Aquele que apenas vem para vir,
Amor, ódio, compreensão
Nada disso há, dele, diante
Nada disso há dele ser
Ilusões mostram-se sentimentos,
Ilusões a ele mostram-se frustrações.
Agora irei correr à procura da canção do vento,
E a talvez assim eu esqueça que sou o Caminhante nessa Estação.