24 de dezembro de 2011

Pensamentos Natalinos
Rogerio Miranda21:17 0 comentários




O período natalino boa parte das vezes é nostálgico, e lá estava eu me perguntando qual a razão disso. O ano passa como uma bala, pessoas vão e vem em nossas vidas, tristezas e alegrias, o nascer e o morrer dos dias e é tudo tão rápido que quando a gente vê já foi... já passou e não volta mais. Nessa época do ano a gente lembra, principalmente, daqueles que nos deixaram, aqueles que eram próximos de nós, e que mesmo quando ocupados faziam o máximo para estarem presentes e se não fosse possível, buscavam de alguma maneira  de expressar o quanto gostariam de estar perto.
De um lado temos o comércio querendo vender, do outro temos pessoas gritando que o natal já perdeu seu sentido e aí no meio de toda essa zona estamos nós, pobres homens e mulheres que nada mais querem que somente demonstrar através de gestos e objetos o carinho que sentimos pelo próximo. Há algo de errado nisso? Fica a cargo de cada um julgar, cada indivíduo é dono de si e sabe o que fazer, mas o autor que através destas palavras vos fala, acredita que não importa qual seja a forma de demonstrar o carinho, o que vale é a intenção. Não importa se são flores encontradas em um jardim perdido, se são pedras que foram encontradas no seu quintal, se são colagens de revistas e jornais, ou então se é um scarpin preto. O que importa mesmo são as pessoas e o que você tem a dizer a elas, a demonstrar.
Quem não quer demonstrar seus sentimentos ao próximo?Grande maioria deseja e o faz através de presentes, lembrancinhas, somos vítimas dessa máquina que fomenta o consumo? Nem tanto, e não acho que haja hipocrisia - não por minha parte – na comemoração, temos que saber filtrar o que está na TV (Papai Noel indo à casa de todos) e o que é realidade. Muitos de nós ainda não despertaram pra isso e talvez por esse motivo acabam se tornando piores do que aquilo contra o que sempre lutam.
Me diga, comemorar o Natal, dizer um feliz natal é tão pernicioso ao ponto de levantar uma bandeira que diz “Infeliz Natal”, ser melhor do que isso? Sim, existem pessoas no mundo que não tem nem se quer uma mesa para poder cear, e dizer um “Infeliz Natal” não irá fazer com que essas pessoas tenham. Esse tipo de demonstração de ideologia tem se mostrado o mais infantil, ineficiente e até desrespeitosa, afinal existem grupos que se organizam para tornar não somente o natal, mas outros períodos do ano, buscando tornar mais cidadãos os poucos indivíduos que conseguem atingir.
Natal não é somente papai Noel e presentes. Pensamos no que fizemos, o que passamos, com quem passamos, é uma época de reflexões, onde nossos sentimentos (pelo menos de grande parte) está mais aflorado.( Isso é negativo?)
E aí, nos pegamos pensando naquela pessoa que até ontem estava bem aqui, que no natal passado estava sentado naquele sofá, bebendo aquele suco, atacando aquele pernil, e nos perguntamos “onde será que agora ela está?”, “como ela está?”, “nossa, há um ano atrás ela estava bem aqui, quando eu imaginaria que estaríamos tão distantes?”. E pedimos aos céus por essas e por muitas outras pessoas...
Eles se foram mas deixaram aqui pessoas que amavam e acreditavam. Devemos fazer a fé de cada um desses que se foi fazer valer à pena. Que nesse natal a consciência de cada um desperte, que o amor floresça no coração de cada um, que em todos nós desperte o nosso melhor lado e que no próximo ano seja de fato o fim! Mas o fim da era do “Olho por olho, dente por dente”.
Que nesse próximo ano tenha início a era da verdade, onde os justos e verdadeiros tenham suas vozes ouvidas e que façam o uso dessas armas(a verdade, a justiça). Que independente da crença em um deus, Deus, ou ser criador, alienígena ou não, que nós possamos dar o nosso melhor, somarmos nossas forças e tornamos o mundo um lugar melhor pra se viver.
Um Feliz natal a todos. Força Sempre!

27 de novembro de 2011

Capítulo III
Rogerio Miranda04:27 2 comentários

Olá caros e caras leitores e leitoras,
Venho encerrar aqui uma história, um ciclo de vida. Esta trilogia deveria ser mais que uma trilogia, entretanto o autor, que aqui vos fala, percebeu que não havia necessidade de tal atitude, e caso fosse feito o resultado não seria muito agradável. Escrever a segunda parte foi tarefa desgastante, e não muito prazerosa, contudo esta parte (a última), mostrou-se mais prazerosa, talvez pelo desfecho...
Agradeço aqueles que vem acompanhando, dando dicas, força, criticando ou elogiando. Saibam vocês que suas palavras funcionam como combustível para as minhas.

Espero que gostem. Boa Leitura e Força Sempre!



Capítulo III

Eu abri os meus olhos
E de repente nós dois aqui, deitados na mesma cama
Enlaçando nossos problemas, unindo indagações
E mesmo assim o paraíso parecia sólido.
Tão sólido quanto o memorável encontro dos nossos lábios

Minhas peças passaram a configurar uma nova organização,
já não havia de ser o mesmo, mas só você não percebeu.
Lhe apontei - o que para mim pareceu – aves dançando
sob a luz do sol, acima dos homens, com aval de Deus...
Duas aves contemplando a vida, rompendo o véu das coisas humanas
Só eles, Deus e todo o Céu...

Eu a lhe dizer o que via
E você nada compreendia o que eu dizia...

Nosso paraíso construído nas bases dos meus sonhos e esperanças,
Sim, segui a vida feito criança (errei por isso?)
Acreditando sempre, tentando fazer da vida uma espécie de quintal.
Tentei tornar nossas vidas um conto de um nobre livro, poesia...
Mas quem sabe seja digna só de uma tira de um chinfrim jornal.

 - Miguel! Não vês? por que não deseja crer naquilo que lhe digo? Todos sabem
E você finge não ver
tornastes o pior dos doentes,
Pior dos cegos.
Aonde deseja a vida levar?
 - Deixe estar, você que diz que estou a me enganar
comete sério erro!
Esta é minha vida, sei o que é. O que vejo é mais do que parece,
Mais do que um sonho, mais do que um desejo!
Tenho noção de teus bons anseios por mim, mas não preocupa-te
Meu bem estar está muito além,
estou bem do jeito que vivo.

Acho que o que fiz foi mentir...
fingir...

Não!
Os céus são testemunhas de que lutei,
Talvez de forma ineficiente, mas o “destino” quis assim escrever.

“Quem são estes estranhos deitados em nosso ninho?”
Indaguei a ti em determinada ocasião. E o que me foi respondido?

 - Estes somos nós. Somos eu e você.
Você sempre a sonhar, imaginar, maquiar, tentar criar um mundo novo.
Este é pequeno e mesquinho de mais para você.
Seus sonhos são maiores que o mundo, maiores do que tudo que sonhei,
Tudo que posso lhe dizer é que lutei. Você bem sabe, você bem viu...
O que ainda posso te fazer?

Sempre esteve em mim, tive ciência da situação desde o princípio
E o momento já era esperado, mas ainda assim...

E o meu espírito a martelar meu peito:
 - O que fiz de nós? Em que ser transformei você?

Aquela ave no céu que contemplávamos, agora se faz solitária

E pela estrada segui.
Nossas mãos já não estão mais dadas,
O que trago é só o carinho que colhi em nossas caminhadas
                - De tudo que foi, o que restou foi o carinho
O firmamento cravou um sorriso em minha face,
Senti-me perto dos céus, mesmo estando ainda tocando o chão.
Sem mentir, sem dor...
Viver é uma lição, e aprende aquele que não se atem ao passado,
Tenta avaliar os fatos, corrigir, aprender e não repetir os erros.
Aquele que desconsidera o presente e visa o futuro, muito ainda tem a aprender.
O presente sim é dádiva dos céus,
vejo-o como uma flor que Deus jardinou
E em minhas mãos - confiando a mim a escolha - colocou, por fim.

Meus passos...
e veja aonde cheguei!
Ainda existem razões para gargalhadas,
Entre tropeções e esbarros eu aprendi.

Rogerio Miranda - O Caminhante Solitário

8 de novembro de 2011

II
Rogerio Miranda01:32 2 comentários

Olá caros leitores,
Venho agradecer a todos pelas visitas, comentários, divulgações, entre outros. Vocês não tem ideia do sentimento que me trouxeram. Trago aqui mais uma parte de uma história de amor nada original. Espero que gostem. Abaixo do texto há uma versão orquestrada da música Sentimental, escutem a canção enquanto a leitura é realizada. Críticas, sugestões, mágoas que desejam declarar, peço que façam na parte de comentários  - logo abaixo da postagem. Grato pela atenção
                               O Caminhante Solitário

                                      II


Lhe observei...
Lhe endeusei...
Os quadros que passei produzir
Estavam repletos de silhuetas, perfis, retratos, recortes...
Criações feitas a partir do que tinha, em mente, de ti.
“O que há de errado comigo senhor dos céus?”
                    Resolvi Partir...

Andei por estradas
que outros afirmaram dar no vago, profundo e único: nada.
Estes descrentes me causaram o riso,
E com o correr das luas e o morrer dos sóis
Da minha mente, o grunhir destes pobres desertou.
Entretanto tua imagem ainda figurava em minha mente
“Estou louco, desvairado, só pode ser...
Deus, criador dos céus, da Terra e de todas as criaturas
Fazei-me recobrar o juízo!”

Gritei, praguejei aos céus pela peleja
que haveria de enfrentar.
E tudo que os céus respondiam era
“Por que gastas essa força vã? Assim (eu) quis, assim será!”

O temor, o medo de viver... ah ah
A sombra que envenenou cada momento do meu respirar
E sempre foi...
E sempre será!

Minha consciência e meu coração imploram,
Ambos declaram que devo lutar

“Estamos loucos,
Preciso de tempo, preciso pensar...”





20 de outubro de 2011

Capítulo: I
Rogerio Miranda02:07 5 comentários

Olá caros leitores,
Já faz um tempinho que não posto e estou aqui para anunciar uma grande empreitada. A história de Miguel Gonçalvez d'Andrade e Lana Pereira de Moura. Obviamente nomes fictícios, mas de histórias nem tanto. Eles são produto de experiências colhidas, vividas ou não. Espero que gostem. Mais uma coisa, peço que tenham paciência e sejam compreensíveis, pois não terminei de escrever e nem tenho ideia de quando o farei, posso entrar em mais uma crise de criatividade e simplesmente travar. Grato por sua atenção!


Capítulo:  I





A decisão já havia sido tomada há tempos,
Mas este não é o ponto.
Já se correu muita água, e percebi – estou atento –
Aquele que deseja ser o melhor arqueiro
Contigo deve tomar nota,
Pois, veja bem
Decisão, precisão e confiança
Dessas, percebe-se o teu domínio;
Esta é tua arte - o saber empunhar as tuas armas.
E diante dos fatos rezo para ser um cavaleiro de sua altura,
Algo próximo a digno...

Te recordas das colinas?
Lembro-me que era uma bela manhã de sol,
Eu estava a escalar,
Enquanto tu estavas a declinar...
Mas descer não descreve o real e sublime ato teu.
Enfim...
Da tua boca saiu algo, uma espécie de canto
algo próximo da beleza de uma lira e da pureza do canto do rouxinol,
E o que fazer quando se houve os sons do céu?
Tenho me feito até hoje este questionamento,
Simplesmente contemplei,
Fiz como criança ao ver o desconhecido,
Somente lhe observei sem entender o que se passava no meu mundo,
que sempre me foi um deserto.
Desde então nunca esqueci aquele caminho das colinas
Onde descobri a criatura que iluminou meu destino incerto.

9 de setembro de 2011

O Trem - Poema
Rogerio Miranda00:04 3 comentários

O sol se pôs como de costume,
Mas dessa vez havia algo estranho no ar,
Algo que deixa um gosto amargo,
uma espécie de azedume.
O teu nome
em meus ouvidos continuava a badalar,
Mas eu já sabia que teu mundo era o das estrelas
Pois, tua grandeza já não mais cabia por cá.

Triste é o adeus,
Triste é o adeus que não se quer dar.

O escuro de repente tudo tomou,
Apagando minhas memórias,
Tentando arrancar cada grãozinho de alegria,
E quando menos se esperava
- um atendimento às minhas preces - você retornou.
“Mas o que é toda essa luz que de ti irradia?”

E você olhou e sorriu pra mim...
                         
                        ...
                    
Interpretei como algo do tipo
“estou bem,
E por favor, não chores mais...”

Teu semblante me iluminou,
E libertou do pesar que me fazia definhar.
Tuas mãos quentes e macias,
Teu doce cheirinho de bebê com sutilezas de anjo,
Meu anjinho
Agora entre os anjos está a caminhar.

5 de junho de 2011

Versos para esfinges
Rogerio Miranda03:30 0 comentários

Do céu
As gotas caem
E formam poças de lágrimas.
Em meu peito abriu-se uma nova chaga

O véu
Da pureza se foi
E quando olho para os lados
Enxergo simplesmente o nada

Para onde devo caminhar?

Preparo-me, então, para minha dolorosa
Despedida com o ontem,

Mas não há por que desesperar.
Pois é, o relógio está nesse momento a me martelar
Já que enfim é chegada à hora.
Bom, todos temos de um dia criar asas
E sem pestanejar, e sem se amedrontar um dia voar

Agora que o véu se foi
Enxergo todos no retrovisor
Meu amigo, meu colega, meu irmão.
Todos estão em meu retrovisor
Triste é, eu sei.
Sim, sei também o que disse
Vejo que tinha razão
Agora vejo que todos se vão.

23 de maio de 2011

O Caminhante Solitário I
Rogerio Miranda01:02 3 comentários


Acho o local apropriado, aqui estou eu.
Observo calmamente eles se olharem, se matarem,
Se odiarem e até mesmo os vejo acreditarem no amor.
O que há disso, daquilo, o que há de dor
Há e só há dor

 Amor
Dor


Meras palavras?
Meros sentimentos?

Sinceramente, acredito que realmente só descobrirei
Quando por fim, eu enfim tiver de deixar o viver
Encontrar a luz que surge no túnel e então encontrar o morrer.

O Caminhante Solitário, assim estou eu.
Por pouco tempo (?), por mundo todo (?).

Todos o observam,
Aproximam-se, mas não o entendem.
O Caminhante talvez tenha vindo para ser o Caminhante,
E talvez não tenha percebido que sua função é ser apenas o Caminhante
Aquele que apenas vem para vir,
Amor, ódio, compreensão
Nada disso há, dele, diante
Nada disso há dele ser

Ilusões mostram-se sentimentos,
Ilusões a ele mostram-se frustrações.

Agora irei correr à procura da canção do vento,
E a talvez assim eu esqueça que sou o Caminhante nessa Estação.

21 de abril de 2011

José, mais um trabalhador
Rogerio Miranda23:46 4 comentários


E mais um dia de trabalho se foi.
José Pedro, este era o nome do trabalhador,
Às 4:00 da “madruga”, este era teu horário;
Pobre senhor.
Diversas conduções e uma infinidade de dificuldades.
Agora entendo o que meus pais diziam sobre  realidade.

As palavras embaralham sua mente,
Não formam nada, nada descente
O troco
José no trocador tem que confiar,
Afinal ele é só um “pião” e não uma máquina de calcular.
Intriguei-me e então a ele fui perguntar:
- José, porque não sabes ler? Nunca te inquietastes com o estudar?
Nunca preocupou-te o calcular?
E triste,
Com dor e espanto, José com lágrimas em seus olhos
Passou a me fitar.
-Garoto, esqueça este velho bronco e solitário
E de tua vida vá cuidar!

As palavras do velho me atingiram,
Corroeram e me doeram de maneira perturbadora,
Mas já era tarde, José Pedro já estava
A perambular por bandas outras

As palavras até hoje me faltam ao ver José constrangido
Em sua jornada solitária pelo mundo,
Onde um real tem mais valor que o sorriso duma criança,
Onde a cada dia estamos cada vez mais próximos da morte da esperança.

José é só mais um do mesmo,
José sou eu, você, todos nós somos ele
Que verdade, que liberdade, que destino é este?
Assim vejo: estamos a andar nesta estrada a esmo.

14 de abril de 2011

Devaneios e resquícios
Rogerio Miranda12:33 2 comentários


Recordo-me de nossos sete anos de idade,
Olhávamos com amor.
Dois que eram somente um
Um que era muito mais que dois

Sentados embaixo dos arbustos
Que nos cediam sombra

Eu olhei para você,
Você estava a fitar-me
Logo em seguida você sorriu pra mim
Agora estava eu a fitar-lhe
E assim escrevíamos nossos destinos

Nossos sonhos, nossos olhares,
Falaram por nós,
Nossas bocas, nossas vozes,
Num instante ficaram sós

Adeus amor,
 Agora cresço sem ti!
Enfim o adeus.
Agora sinto que posso partir!

5 de abril de 2011

Balela – História
Rogerio Miranda19:44 2 comentários

Veja companheiro
Os Lírios, ali no jardim, já cresceram.
Eles lhe são familiar?
Deixe de tanto blá, blá, blá,
Pare de tanto falar
E materialize agora mesmo o teu pensar.

É sempre “mais do mesmo” que lhe incomoda,
No entanto, é só “mais do mesmo” que constrói essa história.
As cirandas não mais combinam com teu encanto.
Afinal,
Esquecestes da hora de crescer?

Companheiro
Tuas batalhas, tuas jornadas,
As tuas palavras tornaram-se ultrapassadas,
E nelas vejo puro e simplesmente palavras.
São como Rosa dos ventos,
Mera ilustração e nenhum sentimento!

Por acaso vês o que vejo caro companheiro?

Minhas lágrimas secam com o vento,
Minha saudade fica atrelada no mesmo ponto do tempo.
Minhas novas palavras agora têm um novo tom de nostalgia,
Mas todos utilizam como argumento a minha lúdica ironia.

Independe agora de minha vontade,
De minha capacidade,
Enfim minhas vistas enxergam o que há muito não vejo.
Agora tudo que sinto é o vento,
E seu beijo.

O albatroz alçou vôo em busca de sua paz
E daquilo que acreditava desde épocas de criança.
A ave quando retornou não era mais aquela de tempos atrás.
Me restou ver nossa morte, a morte da esperança,
A morte dos sonhos, dos pensamentos e
Das épocas que deixei pra trás.

Março de 2011

I
Rogerio Miranda19:02 1 comentários


O fim do dia e um lindo pôr-do-sol,
É como o último suspiro de ar que damos na vida.
Só temos a certeza que não sabemos o que será
Do dia que ainda há de nascer.
Eu tenho medo
E não sei se haverá um amanhã.

São ruas escuras em que o nada vaga;
Portas sem trancas, porém todas lacradas
E o Chaveiro da vida
Me acompanha durante toda passagem
Nessas ruas mal iluminadas.
Mas por mim, nada ele pode fazer.
E eu,
Continuo a andar por essa estrada.

Estar acompanhado e sentir-se sozinho
É o mesmo que estar sozinho?
Deus
Acho que nunca me senti tão solitário.
É o fim e não sabemos o que vai ser
Eu pelo menos não sei o que serei;
O que há é um vazio, um buraco no dia de amanhã.

Simplesmente sei que me sinto feliz (às vezes fico triste)
Mas, quero estar,
Quero ficar
Aqui com você.

12 de Abril de 2010