9 de setembro de 2011

O Trem - Poema
Rogerio Miranda00:04 3 comentários

O sol se pôs como de costume,
Mas dessa vez havia algo estranho no ar,
Algo que deixa um gosto amargo,
uma espécie de azedume.
O teu nome
em meus ouvidos continuava a badalar,
Mas eu já sabia que teu mundo era o das estrelas
Pois, tua grandeza já não mais cabia por cá.

Triste é o adeus,
Triste é o adeus que não se quer dar.

O escuro de repente tudo tomou,
Apagando minhas memórias,
Tentando arrancar cada grãozinho de alegria,
E quando menos se esperava
- um atendimento às minhas preces - você retornou.
“Mas o que é toda essa luz que de ti irradia?”

E você olhou e sorriu pra mim...
                         
                        ...
                    
Interpretei como algo do tipo
“estou bem,
E por favor, não chores mais...”

Teu semblante me iluminou,
E libertou do pesar que me fazia definhar.
Tuas mãos quentes e macias,
Teu doce cheirinho de bebê com sutilezas de anjo,
Meu anjinho
Agora entre os anjos está a caminhar.
Categoria:
Sobre o autor Música, poesia, prosa... Numa busca por materializar sentimentos, dar cor e corpo às ideias, Rogerio Miranda realiza recortes de seu cotidiano. Seja através de canções, imagens ou textos singelos, suas andanças são registradas, fotografadas. Apaixonado pela materialização dos sentimentos através da arte, em suas horas vagas dedica-se ao estudo das Ciências Sociais. Facebook ou Twitter

3 comentários:

  1. Quando leio esses versos me lembro imediatamente da história do Pequeno Príncipe. E me parece que é como narrar o morrer e o renascer, assim como o Principezinho tombou nas areias do deserto e ainda assim continuou a sorrir nas estrelas.
    Adorei o texto!Bjoss

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  2. Não sei de onde tira essas idéias, mas são profundas e belas...
    Me recordei de um amigo que se foi...

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