5 de junho de 2011

Versos para esfinges
Rogerio Miranda03:30 0 comentários

Do céu
As gotas caem
E formam poças de lágrimas.
Em meu peito abriu-se uma nova chaga

O véu
Da pureza se foi
E quando olho para os lados
Enxergo simplesmente o nada

Para onde devo caminhar?

Preparo-me, então, para minha dolorosa
Despedida com o ontem,

Mas não há por que desesperar.
Pois é, o relógio está nesse momento a me martelar
Já que enfim é chegada à hora.
Bom, todos temos de um dia criar asas
E sem pestanejar, e sem se amedrontar um dia voar

Agora que o véu se foi
Enxergo todos no retrovisor
Meu amigo, meu colega, meu irmão.
Todos estão em meu retrovisor
Triste é, eu sei.
Sim, sei também o que disse
Vejo que tinha razão
Agora vejo que todos se vão.
Categoria:
Sobre o autor Música, poesia, prosa... Numa busca por materializar sentimentos, dar cor e corpo às ideias, Rogerio Miranda realiza recortes de seu cotidiano. Seja através de canções, imagens ou textos singelos, suas andanças são registradas, fotografadas. Apaixonado pela materialização dos sentimentos através da arte, em suas horas vagas dedica-se ao estudo das Ciências Sociais. Facebook ou Twitter

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