5 de junho de 2011

Versos para esfinges
Rogerio Miranda03:30 0 comentários

Do céu
As gotas caem
E formam poças de lágrimas.
Em meu peito abriu-se uma nova chaga

O véu
Da pureza se foi
E quando olho para os lados
Enxergo simplesmente o nada

Para onde devo caminhar?

Preparo-me, então, para minha dolorosa
Despedida com o ontem,

Mas não há por que desesperar.
Pois é, o relógio está nesse momento a me martelar
Já que enfim é chegada à hora.
Bom, todos temos de um dia criar asas
E sem pestanejar, e sem se amedrontar um dia voar

Agora que o véu se foi
Enxergo todos no retrovisor
Meu amigo, meu colega, meu irmão.
Todos estão em meu retrovisor
Triste é, eu sei.
Sim, sei também o que disse
Vejo que tinha razão
Agora vejo que todos se vão.