5 de abril de 2011

Balela – História
Rogerio Miranda19:44 2 comentários

Veja companheiro
Os Lírios, ali no jardim, já cresceram.
Eles lhe são familiar?
Deixe de tanto blá, blá, blá,
Pare de tanto falar
E materialize agora mesmo o teu pensar.

É sempre “mais do mesmo” que lhe incomoda,
No entanto, é só “mais do mesmo” que constrói essa história.
As cirandas não mais combinam com teu encanto.
Afinal,
Esquecestes da hora de crescer?

Companheiro
Tuas batalhas, tuas jornadas,
As tuas palavras tornaram-se ultrapassadas,
E nelas vejo puro e simplesmente palavras.
São como Rosa dos ventos,
Mera ilustração e nenhum sentimento!

Por acaso vês o que vejo caro companheiro?

Minhas lágrimas secam com o vento,
Minha saudade fica atrelada no mesmo ponto do tempo.
Minhas novas palavras agora têm um novo tom de nostalgia,
Mas todos utilizam como argumento a minha lúdica ironia.

Independe agora de minha vontade,
De minha capacidade,
Enfim minhas vistas enxergam o que há muito não vejo.
Agora tudo que sinto é o vento,
E seu beijo.

O albatroz alçou vôo em busca de sua paz
E daquilo que acreditava desde épocas de criança.
A ave quando retornou não era mais aquela de tempos atrás.
Me restou ver nossa morte, a morte da esperança,
A morte dos sonhos, dos pensamentos e
Das épocas que deixei pra trás.

Março de 2011
Categoria:
Sobre o autor Música, poesia, prosa... Numa busca por materializar sentimentos, dar cor e corpo às ideias, Rogerio Miranda realiza recortes de seu cotidiano. Seja através de canções, imagens ou textos singelos, suas andanças são registradas, fotografadas. Apaixonado pela materialização dos sentimentos através da arte, em suas horas vagas dedica-se ao estudo das Ciências Sociais. Facebook ou Twitter

2 comentários:

  1. sem saber o que realmnete se passa por traz desse poema, eu diria que ele é bem, nostálgico, mais é do tipo sem exagero.
    é do tipo que de poema que, te traz umas certa noção de tempo.
    e é muito bom poder sentir isso '

    continue assim cara'

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  2. Adorei o texto. Cada palavra é como fugir do por do sol, como se nossos passos pudessem fazer o tempo se voltar, ainda que um segundo para as lembranças que fulgazes preenchem o vazio do nosso presente. Sou extremamente nostalgica XD, o texto me levou alguns anos no passado! Parabéns.

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