11 de novembro de 2014

Segunda-Feira I
Rogerio Miranda00:41 0 comentários



A cidade chora,
As cigarras cantam.
Folhas nos jardins,
calçadas... em todo canto
A cidade empalidece
Amor, é segunda-feira!
10-11-2014

6 de abril de 2014

O Manifesto do Caminhante Solitário
Rogerio Miranda21:22 0 comentários

Cada grupo de poemas que desenvolvo carrega uma ideia central, possuem uma confluência de sentimentos. Não apresentarei os textos em ordem cronológica, nem nada do tipo.
Esse que lhes apresento, é um dos mais recentes, e está no grupo (ou capítulo, como prefiro chamar) Bloco de Notas

Uma boa leitura!




Bloco de Notas

O Manifesto do Caminhante Solitario

E no calor da selva
No momento em que se pede vela,
A brisa beija meu rosto
e balança muito mais que o meu corpo

As preces que fiz num belo dia
hoje vejo parte sambando no quintal;
Tento sambar, tento alcançar
mas ninguém disse
e eu nunca estive pronto “pra” pular carnaval

Meu canto é frouxo
e meu passo é torto;
Já passa da hora pela qual rezei,
Chega de "Sambas do Conformado",
Adeus “Balelas” e “Canções de Ninar”

Dizem que já sou velho
e crescido,
Talvez seja hora de aprender a cantar e rimar

E nessa jornada
que alterna-se entre
Ocasos, Noites Negras
e belos e Enérgicos Sóis
Que sabedoria venha na Caminhada
Que o tombo não me tire Força
e não me impeça de subir Escadas
Pois ainda quero ser
o melhor que posso.

Ainda há tempo, desse quadro, pintar.

Rogerio Miranda

21-02-2013

A Idade do Céu - Por Rogerio Miranda
Rogerio Miranda21:07 0 comentários

Olá caros leitores,

Trago para vocês mais um vídeo meu, espero que curtam!
Então, comentem, curtam, compartilhem!! Sugestões e críticas são sempre bem-vindas!

Abraços fraternos,
Rogerio Miranda - O Caminhante




7 de março de 2014

O Caminhante
Rogerio Miranda01:01 0 comentários

Palavras...
Planaltina, Distrito Federal, 03 de Março de 2013.
Quando busco na memória, surge em minha mente a imagem de rabiscos em um velho caderno, são os meus primeiros escritos. Rabiscos que para outros pouco representam, mas que talvez, revelem muito mais do que qualquer outra coisa que já tenha feito. Entre as linhas daquele pequeno caderno, o garrancho exteriorizava para o mundo o [meu] desejo de ser compreendido e corresponder [me] com o externo, com o outro. Em meu coração, não sei dizer bem ao certo desde quando, brota uma chama de felicidade ao contemplar a relação entre o lápis, a caneta ou mesmo o giz e o papel. Um encontro!
Nessa [ainda] curta Caminhada venho delineando, encontrando, descobrindo... Pedaços meus perdidos, dispersos em caminhos que ainda venho percorrendo. Tenho me reencontrando em textos de dias idos, em sons melodiosos, no ritmo e pulsação daqueles que precederam. Me reencontro com aquilo que pulsa o coração, alimenta a lágrima. Com a música, dentre as primeiras descobertas desse mundo, tenho encontrado semelhantes, que me tocam o coração e despertam sensações inefáveis.
Começo a escrever - e quando digo "escrever", tenho em mente a busca pela "materialização" das sensações, dos sentimentos - por um motivo em comum com os iniciantes: um amor. Que seja pelo encanto, ou pela desilusão, mas tem-se o início, diversas vezes, no amor. Contudo a continuidade deu-se muito mais pela angústia que carreguei [talvez própria da fase vivida], do que por amores. Por um momento Perdi-me. Contudo, a vida não se faz somente de tormentas, há também bonança, e nuances.
Os ventos rumaram para outras estradas... e "O Caminhante" surge como um maneira de me expressar, uma válvula de escape, um olhar, um sentir, amar. Dessa forma busco a "materialização" das sensações, despertar dos sentimentos, tanto daqueles que me leem, como de mim mesmo. Me reencontro, redescubro [o que há em mim e ao meu redor]. "A criança que carrego comigo" ainda muito me fala, juntos olhamos e seguimos pela estrada. Talvez "O Caminhante" seja mais "a criança que carrego", do que o "Eu", pois com os olhos de criança posso olhar pela janela, ver os céus e sentir-me, mais uma vez, inebriado com a visão. Caminho [vivo] buscando observar, sentir, colher, aprender.
Sou um fotógrafo, meus registros são o que compreendo, entendimentos que com o tempo podem transmutar-se; meu coração é o sensor, e com as palavras revelo o meu olhar.

O Caminhante, Rogerio Miranda.