9 de setembro de 2011

O Trem - Poema
Rogerio Miranda00:04 3 comentários

O sol se pôs como de costume,
Mas dessa vez havia algo estranho no ar,
Algo que deixa um gosto amargo,
uma espécie de azedume.
O teu nome
em meus ouvidos continuava a badalar,
Mas eu já sabia que teu mundo era o das estrelas
Pois, tua grandeza já não mais cabia por cá.

Triste é o adeus,
Triste é o adeus que não se quer dar.

O escuro de repente tudo tomou,
Apagando minhas memórias,
Tentando arrancar cada grãozinho de alegria,
E quando menos se esperava
- um atendimento às minhas preces - você retornou.
“Mas o que é toda essa luz que de ti irradia?”

E você olhou e sorriu pra mim...
                         
                        ...
                    
Interpretei como algo do tipo
“estou bem,
E por favor, não chores mais...”

Teu semblante me iluminou,
E libertou do pesar que me fazia definhar.
Tuas mãos quentes e macias,
Teu doce cheirinho de bebê com sutilezas de anjo,
Meu anjinho
Agora entre os anjos está a caminhar.